The Smashing Pumpkins faz show sob medida e agrada fãs no Rio
Por Priscila Dau
‘The Smashing Pumpkins’ faz show sob medida e agrada fãs cariocas (Foto: Reproduçao/Internet)
A primeira quarta-feira de outono do Rio de Janeiro no ano de 2015, num 26 de março caótico para o fã que enfrentou diversos obstáculos no trânsito carioca e superou as infinitas luzes vermelhas que pareciam fazer o ponteiro do relógio funcionar mais rápido do que o normal, recebeu, no CitiBank Hall, na Barra da Tijuca, mais uma prévia de dois shows que acontecerão no Lollapalooza no próximo fim de semana em São Paulo: o The Young Giant, que abriu para o grande esperado da noite e responsável por toda essa mobilização da massa roqueira presente no Rio, os The Smashing Pumpkins.
As duas bandas
norte-americanas, embora separadas por 17 anos entre suas formações, conseguiram
unir e embalar um público bastante heterogêneo que estava presente.
O quinteto The Young
Giant, formado em 2004, trouxe uma batida mais atual e com guitarras mais doces
e acordes limpos amarrados por um vocal melódico e uma variação de instrumentos
como teclado e percussão. Fizeram uma apresentação bastante energética, com
presença de palco de todos os integrantes e claramente se notava que havia uma
boa parcela dos presentes na plateia que conheciam bem o quinteto e foram para
vê-los. Encerraram o show com o hit My Body que com certeza você já escutou e
não sabe que é deles, numa pegada bem gostosa e dançante, não fizeram feio nem
deixaram a desejar abrindo para uma banda com o peso do Smashing Pumpkins!
Fim de show, todos
animados com My Body do The Young Giant, intervalo, hora de dar uma recarregada
no copo de cerveja e tomar um ar na área de fumantes, encontrar os amigos e
ainda muita, muita gente chegando para o show principal da noite. Desde uma galera
que foi a todos os shows que os Smashings fizeram no Brasil àqueles que ficaram
15 anos esperando por essa noite, Tonight!
(Foto: Reproduçao/Internet)
Ovacionados
Início do show, plateia
animada recebe Billy, quer dizer, William “Billy” Corgan e sua trupe, que entram
no palco ovacionados e começam sem nenhuma cerimônia, sem nem pedir licença,
sem mais nem menos à tocar seus instrumentos levantando o público.
Já chegaram mostrando
para o que vieram com Cherub Rock, Tonigh e Ava Dore, para um belo show e somente na terceira música nosso amigo William parou um momento e perguntou ao publico “Como vão vocês?”.
Embora ele tenha essa persona no mínimo excêntrica (quem não é um pouco
Corgan?), nosso querido Billy, William, Corgan é um simpático! Desde a primeira
canção tinha um sorriso de quem estava curtindo muito estar ali, fazendo o
publico se sentir bem à vontade e participar do show.
Com grandes hits como
Desarm, Ava Dore, 1979, Tonight, tonight, o show foi na medida certa, com
direito aos momentos melódicos, fazendo a felicidade dos casais, e com um final
pesado, que após empunhar sua guitarra kamikaze e depois sua guitarra negra
como a noite de hoje, fez todo mundo bater cabeça com os acordes distorcidos e
pesados caindo com tudo para fechar com Bullet with Butterfly Wings e Heavy Metal Machine, fazendo
todos pularem e cantarem até o fim.
Mas Billy não deixou
barato para o coração do fã que achava que já tinha acabado quando voltou com o
biz acústico de Today e o público imitando com a voz o som do mini solo da
guitarra conseguiu arrancar risadas do simpático Billy, que estava sozinho no
palco para nos dizer que Today, “hoje” é o melhor dia... “Today it’s the
greatest day.....”
Músicos
Impossível não comentar os músicos que acompanharam o radiante Billy “Simpático” Corgan esta noite (teremos que nos acostumarmos a chama-lo de William de agora em diante).
Impossível não comentar os músicos que acompanharam o radiante Billy “Simpático” Corgan esta noite (teremos que nos acostumarmos a chama-lo de William de agora em diante).
Jeff Schroeder, guitarra solo já é macaco velho de Smashing Pumpkins, substituiu James Iha em 2007, presença de palco, notas certeiras, de casa!
Agora a cozinha foi 8 e
80, começando com 80, grande surpresa agradável da noite, o batera, Brad Wilk,
que toca no Rage Against the Machine e Audioslave. Ainda que Brad estivesse
atrás das ferragens da bateria não passou desapercebido no palco em nenhum
momento e musicalmente falando, nos proporcionou um som completamente diferente
do que estávamos acostumados à escutar levando em conta seu histórico,
mostrando que é um senhor batera. Quando ele descia suas baquetas nas peles e
pratos encorpava a música de tal forma que ela crescia tanto que era quase
possível pegá-la com as mãos e dar uma mordida, chapô Mr. Wilk!
Agora, o 8 da cozinha, foi
baixista Mark Stoermer, não sei se é porque estamos acostumados à ter uma
presença feminina do baixo, mas ele me pareceu ainda um pouco desentrosado da
turma. Pode ser impressão ou ele é assim mesmo, já que não tive oportunidade de
assistir a um show do The Killers ao vivo ainda, mas foi isso, estava lá parado
ao lado do seu retorno a noite toda.
Única música que faltou
foi Zero, parecia que ia entrar a qualquer momento na parte pesada do final do
show, mas infelizmente não, quem sabe no Lollapalooza.


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