'Toque de Mestre' se mostra morno e desaponta expectativas
Cena do filme "Toque de Mestre" (foto: Reprodução/Internet)
- Ano de lançamento: 2014
- País: Espanha/Estados Unidos
- Língua: Inglês
- Título original: “Grand Piano”
- Diretor: Eugenio Mira
Uma colaboração entre Espanha e Estados Unidos, o suspense “Toque de Mestre”, dirigido
pelo espanhol Eugenio Mira, parte de uma premissa interessante: um
pianista que, para manter a si mesmo e aos que ama vivos, precisa tocar a
música mais desafiadora de sua carreira, sem erros.
Tom Selznick (Elijah Wood) é
um pianista prodígio. Considerado um dos maiores gênios de sua época, o
jovem decidiu dar um tempo na carreira e se aposentar precocemente após
errar uma nota em uma das composições mais difíceis da música clássica,
coincidentemente composta por seu mentor, o pianista Patrick Goderaux.
Quando seu mentor morre, Tom decide voltar aos palcos para uma
apresentação com o piano de Goderaux, antes que este seja levado a um
museu. Seu
retorno ao palco é agravado não somente pelo fracasso de sua última
apresentação, como por seu medo de se apresentar em público. O músico,
inclusive, se mostra preferível à queda de seu avião em meio a uma
turbulência, a tocar em frente a uma plateia novamente.
Os
primeiros trinta minutos do filme são dignos de comparações a
Hitchcock, de quem, claramente, o diretor bebeu da fonte. Os passos do
músico até a arena onde o suspense se passa são bem construídos,
mergulhando o espectador na atmosfera tensa que se pretende criar.
Quando o vilão (John Cusack) nos
é apresentado, através de ameaças na partitura de Selznick, o filme
atinge seu ápice. Em letras vermelhas, o vilão diz “uma nota errada e
você morre”.
Cena do filme "Toque de Mestre" (foto: Reprodução/Internet)
É
do cume da tensão que o filme começa a decair. A linha de roteiro
criada até então perde sua força e cai nos clichês do suspense. O plot
inicial, que poderia ter rendido um bom filme, mergulha em uma série de
más escolhas. A revelação do vilão, o uso da mocinha e o desfecho do
clímax formam uma sucessão de infortúnios.
O elenco poderia ter sido melhor escalado. O casal principal, formado por Elijah Wood e Kerry Bishé não mostra uma boa química, necessária para criar o sentimento de perda necessário para o triunfo do vilão. John Cusack, bom ator, foi mal aproveitado. A trilha sonora, clássica, cai como uma luva na roupagem do filme. Quase integralmente filmado dentro de um teatro, a impressão que fica é de se estar presenciando um concerto de verdade.
O elenco poderia ter sido melhor escalado. O casal principal, formado por Elijah Wood e Kerry Bishé não mostra uma boa química, necessária para criar o sentimento de perda necessário para o triunfo do vilão. John Cusack, bom ator, foi mal aproveitado. A trilha sonora, clássica, cai como uma luva na roupagem do filme. Quase integralmente filmado dentro de um teatro, a impressão que fica é de se estar presenciando um concerto de verdade.
“Toque de Mestre” não
pode ser classificado como um filme ruim, mas não é – nem de longe – o
filme que poderia ter sido. Ao invés de aproveitar a tendência
hitchcockiana e construir um belo suspense, o filme mais se assemelha a
um “Fantasma da Ópera”. Se o sucesso de um filme dependesse
integralmente de um plot interessante,“Toque de Mestre” seria um sucesso. Infelizmente, os louros da trama só se concretizam no papel.
Assista no player abaixo o trailer do filme:


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