Simone Spoladore é Marilyn Monroe em "Depois da Queda"
(Foto:Divulgação)
Depois do sucesso de
Louise Valentina, o diretor Felipe Vidal e a atriz Simone Spoladore
voltam a trabalhar juntos e novamente mergulhados num ambiente ligado
ao cinema mundial. No primeiro espetáculo, de 2010, diretor e atriz
pesquisaram a fundo a vida de Louise Brooks, diva dos tempos do
cinema mudo. Agora, em "Depois da Queda", de Arthur Miller, os dois têm
um encontro profundo com Marilyn Monroe, talvez o maior ícone do
cinema do século XX. Protagonizada por Lucas Gouvêa e Simone
Spoladore, a peça estreia no Rio, no Teatro Glaucio Gill, no dia 16 de
novembro, com temporada de sexta a segunda, às 20h.
"Depois da Queda" (After
the Fall) é um dos mais relevantes textos de Arthur Miller,
dramaturgo norte‐americano que é uma referência do teatro do
século XX. No palco, uma história autobiográfica: a relação do
escritor e dramaturgo com a musa Marilyn Monroe, um casamento que
durou de 1956 a 1961, um ano antes da morte da atriz. O texto é
estruturado com recursos expressionistas, com uma narrativa não
linear, que alterna cenas do passado e do presente. Toda a ação é
criada a partir das reflexões de Quentin (alter ego de Miller), um
advogado nova-iorquino que decide reexaminar sua vida para ver se
deve ou não se casar com Holga (Thais Tedesco) seu mais recente
amor. O jogo é claramente inspirado na vida pessoal de Miller e os
personagens e acontecimentos aparecem como o protagonista se lembra
deles.
A cena mantém um clima de mistério. Quentin (Lucas Gouvêa) é apresentado como um homem consciente, subjetivo, mais de pensamento do que de ação. Maggie (Simone Spoladore), ao contrário, é pura inconsciência, intuição, impulsividade. Sobre Marilyn, Arthur Miller nunca escondeu o que pensava: “Tinha um perfil autodestrutivo”, dizia o ex-marido.
A cena mantém um clima de mistério. Quentin (Lucas Gouvêa) é apresentado como um homem consciente, subjetivo, mais de pensamento do que de ação. Maggie (Simone Spoladore), ao contrário, é pura inconsciência, intuição, impulsividade. Sobre Marilyn, Arthur Miller nunca escondeu o que pensava: “Tinha um perfil autodestrutivo”, dizia o ex-marido.
(Foto:Divulgação)
A encenação atual
acontece 48 anos depois da primeira. Em 1964, o diretor paulista
Flávio Rangel viu a estreia do espetáculo After the Fall, em Nova
York, e ficou tão apaixonado pelo texto que realizou, no mesmo ano
no Brasil, a primeira montagem da peça de Miller fora dos Estados
Unidos. Após esta encenação, protagonizada por Paulo Autran e
Maria Della Costa, o texto nunca mais ganhou a cena brasileira.
Agora, o espetáculo do diretor Felipe Vidal apresenta uma nova
tradução e encenação para a peça de Miller.
O espetáculo
Esta nova encenação
do texto visa proporcionar ao público brasileiro o contato com uma
peça chave da obra de Miller. O espetáculo dirigido por Felipe
Vidal conta com parceiros constantes do diretor no elenco e busca
utilizar meios, interfaces e recursos atuais para colocar em cena um
clássico do drama psicológico do século XX.
A montagem de "Depois da Queda" também dá sequência a um trabalho iniciado por Felipe Vidal
em Rock'n Roll, de Tom Stoppard (2009). Não só um aprofundamento
nas questões de tradução e encenação, mas também um
desdobramento do trabalho da equipe, já que boa parte do elenco e
ficha técnica de "Depois da Queda" trabalhou também em Rocn'n Roll.
Simone Spoladore repete
a parceria com o diretor Felipe Vidal interpretando outro ícone do
cinema internacional. Depois de dar vida a Louise Brooks, no
espetáculo solo Loise Valentine, a atriz encara agora a personagem
Maggie, alter ego de Marilyn Monroe, segunda mulher do dramaturgo
Arthur Miller. O texto foi escrito em 1964, apenas dois anos após a
morte de Marilyn, que está sendo bastante lembrada neste ano de
2012, pelos 50 anos de seu trágico fim.
(Foto:Divulgação)
No elenco estão ainda
Gabriela Carneiro da Cunha, José Karini, Paulo Giardini, Thais
Tedesco, Leandro Daniel Colombo, Talita Fontes, Paula Tolentino e
Luciano Moreira. A cenografia tem assinatura de Aurora dos Campos,
iluminação de Tomás Ribas, figurinos de Flávio Souza, preparação
corporal de Denise Stutz, e produção de João Braune – Fomenta
Produções e Daniele Avila Small. Uma iniciativa do Complexo Duplo e
da Projéteis - Cooperativa Carioca de Empreendedores Culturais.
O autor
Arthur Miller nasceu na cidade de Nova York em 1915 e estudou na Universidade de Michigan. Sua obra inclui as peças: Todos eram meus filhos (1947), A Morte De Um Caixeiro-Viajante (1949), As Bruxas de Salém (1953), Um panorama visto da ponte (1955), Depois Da Queda (1964), Incidente em Vichy (1965), O Preço (1968), A Criação do Mundo e Outros Negócios (1972) e O Relógio Americano (1980), entre outras.
Escreveu também dois romances: Focus (1945) e Os Desajustados (The Misfits), que resultou em um filme com 1960 (com Marilyn Monroe no elenco). Os Desajustados acabou sendo o último filme feito por Marilyn e por Clark Gable e um dos últimos da carreira de Montgomery Clift, o soberbo trio de astros do filme dirigido por John Houston.
Entre seus últimos trabalhos há um livro de memórias, Timebends (1987), as peças The Ride Down Mt. Morgan (1991), The Last Yankee (1993), Broken Glass (1994) e Mr. Peters’ Connections (1999),uma coletânea de ensaios, Echoes Down the Corridor: Collected Essays, 1994-2000 e também o livro On Politics and the Art of Acting (2001).
Ganhou duas vezes o prêmio da Associação de Críticos de Teatro de Nova York (New York Drama Critics Award) e em 1949 ganhou o importante prêmio literário Pulitzer.
O autor
Arthur Miller nasceu na cidade de Nova York em 1915 e estudou na Universidade de Michigan. Sua obra inclui as peças: Todos eram meus filhos (1947), A Morte De Um Caixeiro-Viajante (1949), As Bruxas de Salém (1953), Um panorama visto da ponte (1955), Depois Da Queda (1964), Incidente em Vichy (1965), O Preço (1968), A Criação do Mundo e Outros Negócios (1972) e O Relógio Americano (1980), entre outras.
Escreveu também dois romances: Focus (1945) e Os Desajustados (The Misfits), que resultou em um filme com 1960 (com Marilyn Monroe no elenco). Os Desajustados acabou sendo o último filme feito por Marilyn e por Clark Gable e um dos últimos da carreira de Montgomery Clift, o soberbo trio de astros do filme dirigido por John Houston.
Entre seus últimos trabalhos há um livro de memórias, Timebends (1987), as peças The Ride Down Mt. Morgan (1991), The Last Yankee (1993), Broken Glass (1994) e Mr. Peters’ Connections (1999),uma coletânea de ensaios, Echoes Down the Corridor: Collected Essays, 1994-2000 e também o livro On Politics and the Art of Acting (2001).
Ganhou duas vezes o prêmio da Associação de Críticos de Teatro de Nova York (New York Drama Critics Award) e em 1949 ganhou o importante prêmio literário Pulitzer.
Ficha Técnica
Texto: Arthur Miller
Texto: Arthur Miller
Direção e Tradução:
Felipe Vidal
Elenco: Lucas Gouvêa,
Simone Spoladore, Gabriela Carneiro da Cunha, José Karini, Paulo
Giardini, Thais Tedesco, Leandro Daniel Colombo, Talita Fontes, Paula
Tolentino e Luciano Moreira
Cenografia: Aurora dos
Campos
Figurino: Flávio Souza
Iluminação: Tomás
Ribas
Direção musical:
Luciano Moreira e Felipe Vidal
Preparação corporal:
Denise Stutz
Direção de produção:
João Braune - Fomenta Produções e Daniele Avila Small
Idealização do
projeto: Felipe Vidal
Realização: Complexo
Duplo e Projéteis Cooperativa Carioca de Empreendedores Culturais
Serviço:
"Depois da Queda"De 16 de novembro a 17
de dezembro.
Horários: sexta a
segunda, às 20h
Ingressos: R$30
(inteira)/ R$15 (meia)
Local: Teatro Gláucio
Gill
Praça Cardeal
Arcoverde, S/N, Copacabana, ao lado da estação Arcoverde do Metrô.
Informações: (21)
2332-7904
Capacidade: 104 lugares
Classificação etária:
16 anos
Duração: 180 minutos
(com intervalo)


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